A proposta estava pautada para a reunião desta terça-feira (29), mas um pedido do vereador Bruno Pessuti adiou a discussão
Cleverson Bravo – BandNews FM Curitiba – Angelo Sfair – BandNews FM Curitiba – 30 de agosto de 2023, 08:26
Foi adiada, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal, a análise do projeto que pretende reduzir a burocracia para a venda de publicidade nos ônibus e terminais de Curitiba. A proposta estava pautada para a reunião desta terça-feira (29), mas um pedido de vista adiou a discussão.
O pedido foi feito pelo vereador Bruno Pessuti (Podemos), que é o presidente da CCJ. Pelo Regimento Interno da Casa, o vereador que requerer a vista tem o prazo de três dias úteis para devolver a proposição à comissão.
Além de prometer reduzir a burocracia para a venda de publicidade nos ônibus e terminais, a proposta quer ampliar as possibilidades de arrecadação do sistema do transporte coletivo ao prever, por exemplo, a venda de “naming rights” (direitos de nome) de estações-tubo.
O projeto de lei foi apresentado pela vereadora Amália Tortato (Novo).
Nova concessão de publicidade nos ônibus de Curitiba
A discussão sobre a publicidade nos ônibus ganha uma camada a mais de importância considerando que os poderes Legislativo e Executivo têm intensificado os debates sobre a nova concessão do transporte público de Curitiba.
Os novos contratos devem ser assinados no ano que vem e um dos objetivos é encontrar soluções para diminuir o preço da passagem, atualmente estabelecido em R$ 6,00 – um dos mais caros entre as capitais brasileiras.
Desde 2015, a Lei do Transporte Coletivo de Curitiba determina que as receitas geradas com publicidade sejam reservadas para baratear o cálculo da tarifa para os usuários.
Inércia em executar o dispositivo
Na justificativa do projeto, Amália explica que pediu à Urbs, gestora do transporte na capital, explicações sobre o que classificou como “inércia” em executar o dispositivo que “permite a utilização publicitária dos espaços externos dos veículos da frota”.
Em resposta, a Urbs ponderou que só poderia vender esses espaços após a prefeitura publicar um decreto regulamentando a operação. Entendendo ser uma burocracia desnecessária, o projeto em discussão na Câmara exclui esse requisito.
Avisos sonoros
A nova redação da lei municipal também amplia as possibilidades de publicidade nos ônibus, tanto em questão de formato quanto nos locais permitidos.
Além da venda de “naming rights” estações-tubo, terminais e linhas de ônibus, a proposta prevê a comercialização de avisos sonoros, entre outras possibilidades.
Se aprovado na CCJ, o projeto de lei passará pelas comissões temáticas da Câmara até estar pronto para ser discutido e votado no plenário.
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