Até novembro, os parlamentares devem votar um relatório que apontará caminhos que possam ajudar a prefeitura com alternativas
Mirian Villa, com assessoria – 07 de outubro de 2023, 16:48
A tarifa zero no transporte coletivo de Curitiba foi tema de um debate entre os vereadores. Até novembro, os parlamentares devem votar um relatório que apontará caminhos que possam ajudar a prefeitura a buscar a redução do valor da passagem ou até mesmo subsidiar o valor total para os usuários.
Em reunião ontem, sexta-feira (6), não houve consenso se a capital paranaense consegue custear o valor integral da passagem de ônibus para cada morador que entrar no sistema. A maioria dos vereadores da Comissão Especial do Transporte, no entanto, concordou que a cidade deve buscar fontes de custeio para aumentar o subsídio para que, ao menos em dias e horários específicos, a passagem seja gratuita.
Entre as fontes de custeio, algumas sugestões foram a ampliação da receita para o sistema. Uma ideia seria por meio da própria iniciativa privada, que já paga o vale-transporte para os funcionários. Nesse contexto, as microempresas poderiam ser isentas do pagamento do vale-transporte.
Outra alternativa apresentada seria a exploração dos espaços dos 28 terminais de ônibus de Curitiba para que lojas e prestadores de serviço pudessem locar os pontos e, assim, gerar mais receita para o sistema.
Tarifa zero em Curitiba: qual o custo do sistema?
Na reunião foi feito o cálculo que, se Curitiba decidir subsidiar o valor integral da tarifa, o custo atual do sistema, que é estimado em R$ 960 milhões/ano, poderá chegar a R$ 1,3 bi. Alguns vereadores afirmaram que no começo não acreditavam que a tarifa fosse possível, mas agora acreditam ser viável.
A Comissão Especial Para Discutir o Novo Contrato do Transporte Coletivo – Tarifa Zero foi instalada em abril deste ano na Câmara Municipal de Curitiba para discutir o novo contrato do transporte coletivo da cidade e a viabilidade da implementação da tarifa zero.
A atual concessão do serviço público vence em 2025 e o grupo tinha o prazo inicial de 120 dias para elaborar um relatório que possa subsidiar a construção da nova licitação. Com a prorrogação do prazo por mais 60 dias, o colegiado terá até dia 14 de novembro para votar o parecer.
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