O decreto aumenta a tarifa técnica apenas para a Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL), responsável por 65% da frota do transporte coletivo. O restante é da Londrisul, que, neste momento, não sofreu reajuste no valor.

Segundo o presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Marcelo Cortez, o aumento não significa um repasse maior para a TCGL de forma imediata. O que subiu foi o teto do que pode ser transferido para a empresa.

“É preciso fazer a análise de um contexto inteiro antes de aumentar o repasse direto de dinheiro para qualquer uma das empresas. Temos que verificar o custo da mão de obra, dos insumos, do combustível, se aumentou a quilometragem. Quando a empresa coloca um ônibus a mais, quando aumenta uma linha, quando um bairro novo é aberto e o serviço público é levado pra lá, tudo isso é analisado”, informou.

Transporte coletivo em Londrina — Foto: Gustavo Parra/RPC

Ainda segundo o decreto, o efeito da decisão é retroativo a julho, quando começou o segundo semestre.

O presidente da CMTU explicou que ainda não é possível fazer qualquer previsão se haverá impacto na tarifa cobrada do usuário.

“Quem circula de ônibus em Londrina vai continuar pagando R$ 4,80. Antigamente a tarifa cobria todos os custos do transporte. Hoje é diferente. Sendo assim, teríamos que repassar o valor de R$ 6,96 ao usuário, o que não se mostra razoável. A prefeitura tomou a decisão de assumir a diferença, assim como muitos outros governos”, comentou Cortez.

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