O valor final foi da negociação foi definido após o pagamento de R$ 465,7 milhões por papéis ofertados em um lote suplementar. Em 11 de agosto, o Executivo já tinha recebido R$ 2,6 bilhões por parte das ações que vendeu da companhia de energia.
Segundo a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), o valor está aplicado em um fundo de investimento de renda fixa que o Governo do Paraná tem junto ao Banco do Brasil, banco oficial do estado.
Em comunicado ao mercado feito no dia 6 de setembro, a Copel divulgou que oferta pública de ações foi concluída por R$ 5,1 bilhões.
Após a venda das ações do lote suplementar, o Governo do Paraná deve ficar com controle acionário de 15,65% da corporação.
Conforme a Copel, a nova distribuição acionária da empresa deve ser confirmada oficialmente, em fato relevante, nos próximos dias.
Uso do dinheiro
Para o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), os investimentos a serem realizados pelo governo estadual com esses recursos devem ser inseridos nas ações do Plano Plurianual, com a explicação das metas físicas e financeiras.
Em entrevista à RPC, o presidente do TCE, Fernando Guimarães, explicou que o governo deve detalhar “tantos metros quadrados de reforma” em uma escola, por exemplo.
“Tal medida assegurará publicidade e transparência às ações do Governo Estadual, como também viabilizará o controle da execução das metas estabelecidas e da efetiva aplicação dos recursos”, afirma o presidente do Tribunal no ofício.
A venda da Copel
Copel segue obrigada a manter sede em Curitiba — Foto: RPC Curitiba
Em 2022, deputados estaduais aprovaram a venda parcial da companhia, um projeto do Governo do Paraná. Na época, os parlamentares de oposição argumentavam que a proposta era uma forma velada de privatização. O estado negou.
Os parlamentares contra a venda das ações também argumentavam que o processo era incoerente, uma vez que a Copel é a empresa mais lucrativa do Paraná.
Um dos argumentos do Governo do Paraná para a transformação da Copel foi que o movimento possibilitaria a e empresa manter e prorrogar os contratos de concessão de ativos de geração, como da usina Foz do Areia, responsável por mais de 30% da capacidade de geração da companhia.
Outro argumento foi que a transformação da Copel aumentaria a competitividade no “setor elétrico brasileiro para beneficiar o consumidor paranaense”.
Na época, o governo também disse que a transformação da Copel possibilitaria ao estado continuar a “monetizar parcialmente sua participação na companhia”.
A Copel está entre as maiores companhias elétricas do Brasil. Atualmente, são atendidas 4,5 milhões de unidades consumidoras em quase 400 municípios.
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Link original da notícia: https://g1.globo.com/pr/parana/economia/noticia/2023/09/11/governo-do-parana-arrecada-r-31-bilhoes-com-privatizacao-da-copel.ghtml