Já para extensionistas em geral, o número de atendimentos passa dos 220 em todo o estado. Em ambos os programas os atendidos pelo plano vão receber assistência técnica e extensão rural.

De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, cerca de 20 milhões de brasileiros entraram no mapa da fome e o plano vem ajudar a mudar essa realidade.

“O presidente Lula quer aumentar a produção de alimentos no Brasil e diversificar essa produção. Nos últimos anos aumentou a produção de grãos, mas diminuiu a produção de alimentos. Produzir alimentos de acordo com a cultura alimentar do nosso povo”, explicou Teixeira.

Raimundo Costa dos Santos e a família possuem plantio de açaí no Bailique — Foto: Rafael Aleixo/g1

O agricultor e extrativista Raimundo Costa dos Santos, de 38 anos, mora na comunidade do Capinal, no Arquipélago do Bailique, e falou da importância de investimentos para a região, que é uma das maiores produtoras de açaí.

“A gente precisa de incentivos e queremos aumentar a nossa produção de açaí. A principal dificuldade hoje é a energia. Produzimos açaí e vendemos peixes para os moradores da região e isso é a nossa principal fonte de renda”, disse o extrativista.

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, anunciou no evento o aporte de R$ 100 milhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) para investimentos no estado.

Do recurso, R$ 1,5 milhão é do Governo Federal e R$ 643 mil são de contrapartida do Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap).

O fundo é operado pelo Banco da Amazônia e é voltado para financiar pessoas físicas e jurídicas com empreendimentos rurais na região Norte.

Evento de lançamento do Plano Safra no Amapá — Foto: Rafael Aleixo/g1

Entrega de títulos

Foram entregues 140 títulos (Contrato de Concessão de Uso) a assentados da reforma agrária, o documento possibilita o acesso a crédito e demais políticas públicas.

A agricultura Jociclei da Silva Souza descreveu que para poder acessar linhas de crédito e expandir a produção, é necessária a regularização das terras.

Agricultura Jociclei da Silva Souza foi uma das neneficiadas com a regularização de terras — Foto: Rafael Aleixo/g1

“Precisamos ter o título da nossa terra pra poder acessar o que tem de direito, que são créditos rurais. Trabalho com plantio de mandioca, melancia, abóbora e abacaxi aqui em Macapá”, disse a produtora.

Veja as áreas que podem ser atendidas com o Plano Safra:

• produção de energias renováveis (energia solar)
• compra de veículos verdes, elétricos ou híbridos para a agricultura familiar
• infraestrutura
• empreendimentos dos setores da indústria, turismo, cultura, comércio, prestação de serviço, atividades agroindustriais e industriais voltadas à exportação, saúde e educação.

Plano Safra

Cerca de R$ 100 milhões serão financiados pelo FNO — Foto: Rafael Aleixo/g1

O Plano Safra é um programa do Governo Federal para apoiar o setor agropecuário, oferecendo linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas para os produtores rurais, desde os agricultores familiares até os mega produtores.

O investimento de R$ 100 milhões é financiado pelo Fundo Constitucional de Financiamento do norte (FNO), que destina valores para projetos para pessoas físicas e jurídicas com empreendimentos rurais na região Norte. 

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