O mercado de carbono funciona da seguinte maneira: uma organização que emite gases paga para outra que gera créditos para neutralizá-los. Em seguida, o carbono emitido é compensado. No final, cada uma tonelada de CO² não emitida é gerado um crédito.
“Aqui na Petrobras, queremos contribuir de maneira incisiva no processo de transição energética do Brasil. A cada avanço em direção ao uso de fontes de energia limpa, à captura e armazenamento de carbono, e ao investimento em descarbonização, estamos criando um futuro em que a economia prospera em harmonia com o planeta”, explica o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
A aquisição marca a entrada da empresa no mercado de crédito de carbono. Segundo a estatal, há previsão ainda de operações de crédito de carbono com investimentos de até US$ 120 milhões até 2027.
“Nós acreditamos no mercado de carbono como um importante instrumento no combate às mudanças climáticas e sabemos que o Brasil tem um imenso potencial para liderar esse segmento, justamente por ser um dos países com maior biodiversidade do mundo”, acrescentou.
A empresa divulgou ainda que pretende ‘complementar estratégia de descarbonização, que contempla várias frentes como, por exemplo, redução de emissões nas operações, projetos de energias renováveis, biorrefino e captura e armazenamento de carbono’.
A reportagem entrou em contato com o projeto, mas um dos administradores disse que não vai se posicionar sobre a aquisição.
Marcado de carbono — Foto: Othon Felipe/Rede Amazônica
Projeto
Na página oficial do projeto, é descrito que a iniciativa foi criada para pagamentos pela conservação da floresta e serviços dos ecossistemas, conhecida como Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Projeto (REDD+)
“O Projeto Envira Amazônia deve reduzir a liberação de mais de 12,5 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono, ao mesmo tempo preservar o habitat para uma extraordinária quantidade de biodiversidade e beneficiando diretamente as comunidades locais”, destacam.
Além da venda de crédito de carbono, a empresa trabalha com parcerias em negócios em englobam a floresta sustentável e ecomarting.
O projeto tem ainda certificação os créditos com empresasa como a VERRA/VCS (Verifid Carbon Standard, CCBA GOLD, (The Climate, Community & Biodiversity Aliance).
“Esta certificação coloca nosso projeto inserido nos padrões internacionais exigidos principalmente por entidades ambientalistas dado que estamos buscando a preservação da floresta, retenção de carbono e o mais importante a atenção dedicada a comunidade que depende desta floresta para sobrevivência, bem como preservar a biodiversidade presente em toda a área”.
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Link original da notícia: https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2023/09/09/projeto-de-preservacao-no-ac-vende-creditos-de-carbono-para-preservacao-de-570-hectares-da-floresta-amazonica.ghtml