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Em Rio Branco, o ato percorreu no desfile cívico após apresentações de escolas e demais instituições. Durante a manifestação, moradores da Terra Prometida se juntaram ao movimento, reivindicando por moradia.

A concentração ocorreu por volta das 7h30 [horário do Acre], no estacionamento da Catedral Nossa Senhora de Nazaré e passou pelas ruas Floriano Peixoto, Rio Grande do Sul e Avenida Getúlio Vargas, antes do desfile. Este é o segundo ano consecutivo em que o evento é realizado. O ato ocorreu até às 10h40.

Dentre os movimentos da Igreja Católica envolvidos, incluem-se a Pastoral do Migrante, que levou alguns migrantes, bem como comunidades eclesiais de base, comissão Pastoral da Terra, comissão Diocesana de Pastoral, Cáritas, dentre outros.

Protesto acontece no Centro de Rio Branco juntamente com moradores da Terra Prometida — Foto: Júnior Andrade/Rede Amazônica

Aurinete Brasil, que estava na organização do ato esse ano, disse que a missão do grupo é ser voz dos excluídos e mostrar, durante a comemoração de 201 anos de independência, que ainda há problemas sociais difíceis de resolver.

“Desde o ano passado, a Ufac que já fazia movimento, se juntou a nós e então, é uma organização mista: uma parte da igreja, da sociedade civil, os sindicatos e este ano tivemos os organizadores de alguns movimentos e que pediram para se juntar, fizeram essa corrente do bem. É um ato extremamente pacífico onde nós levamos para as ruas um pouco do que fazemos o ano inteiro, dioturnamente […] são gritos e lutas que se juntaram e somaram vozes por terra, moradia, alimentação”, falou.

Em 2023, moradores da Terra Prometida se juntaram ao movimento em Rio Branco durante protesto em desfile — Foto: Júnior Andrade/Rede Amazônica

O ato deve percorrer a rua Floriano Peixoto e passar também pela Avenida Ceará e finalizou por volta das 10h no estacionamento da igreja.

Grito dos Excluídos e das Excluídas

O Grito dos Excluídos surgiu no Brasil em 1994. A primeira edição ocorreu em setembro de 1995, com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade daquele ano. Em 1999, o manifesto rompeu fronteiras e estendeu-se para as Américas.

Trata-se de uma manifestação popular de força social, que defende a dignidade do povo, denuncia a violência institucional e cobra das autoridades a responsabilidade social.

Os manifestantes ocupam espaços públicos para exigir do estado acesso a direitos básicos e constrói ações organizadas politicamente a fim de fortalecer e mobilizar o povo a lutar por um projeto de sociedade mais igualitária, justa e fraterna.

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