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“A verdade sempre transborda, e é sempre perene. Eu fui taxada de mentirosa por um secretário do próprio governo. Vamos falar dessa política baixa, que tenta desonrar um parlamentar. Mas, infelizmente é necessário repor verdades”, disse ao iniciar o discurso.
Na ocasião, eles discutiram em meio a debates sobre transferência do Instituto Socioeducativo (ISE) e futuro dos servidores temporários desligados do órgão. Calixto foi acusado de ter chamado Michelle de “vendedora de ilusões”. À época, ela ainda era aliada de Cameli.
No vídeo exibido pela parlamentar, ela afirma que participou de um jantar com integrantes do governo na noite após o ocorrido na Aleac, e que Calixto também esteve presente. Segundo a deputada, a presença dele causou incômodo, já que outros parlamentares estavam presentes e consideraram a postura dele um desrespeito ao parlamento.
Por conta dessas críticas, Calixto publicou o vídeo em redes sociais com a afirmação de Michelle, e classificou como “mentira”. Ele também encaminhou o mesmo vídeo diretamente à deputada, reafirmando que considerava mentira. A postagem foi apagada da página de Calixto no Instagram, mas ainda consta no Facebook.
Deputado e representante do governo trocam ofensas no AC
Secretário-adjunto confirma afirmações
Ao g1, Luiz Calixto preferiu não se posicionar sobre o discurso de Michelle, e apenas reafirmou o que disse a vários veículos de imprensa locais, e também o que publicou na internet.
Na publicação, ele afirma à deputada que “não existe espaço para os seus mimimis”. Além disso, classifica como mentira que parlamentares teriam se incomodado com sua presença no jantar.
A postagem também afirma: “A verdade é que, dos 21 parlamentares presentes, inclusive a deputada e a companheira dela, nenhum deles saiu do restaurante”.
Postagem foi apagada do Instagram, mas segue no Facebook de Calixto — Foto: Reprodução
Saída do governo e relato de ameaças
No início de setembro, Michelle afirmou que soube que foi retirada da liderança do governo na Aleac. Ela foi substituída por Manoel Moraes (PP). Michelle disse que não foi comunicada diretamente, e que ainda não conversou com Cameli.
“Não houve nenhum comunicado oficial, nem uma ligação, nenhuma mensagem, de absolutamente ninguém. Fiquei sabendo pela imprensa, assim como vocês. Me tiraram da liderança sem comunicar”, ressaltou.
Dias após a mudança, Michelle denunciou, no final de uma sessão no último dia 6 de setembro, que foi ameaçada durante uma ligação anônima. A parlamentar registrou um boletim de ocorrência e foi ouvida pela polícia.
“Dizendo que não era para eu contar todas as verdades porque para me calar era muito fácil. Quero deixar claro e público que o que acontecer comigo, com minha família ou com meus assessores tem local e tem nome e a gente vai descobrir porque ninguém vai me calar através de uma ameaça”, disse.
No dia 15 de setembro, a Polícia Federal divulgou uma nota comunicando que a deputada compareceu à Superintendência Regional no Acre para falar sobre a ameaça que recebeu durante uma ligação anônima no último dia 6. Contudo, a parlamentar não quis formalizar depoimento e nem as declarações, segundo a polícia.
VÍDEOS: g1
Link original da notícia: https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2023/09/20/em-meio-a-crescimento-de-tensoes-apos-saida-do-governo-deputada-michelle-melo-alega-ataques-de-secretario.ghtml