“Vamos fazer os encaminhamentos necessários, concluir o projeto, para que, o mais breve possível, a gente consiga reformar a igreja como um todo”, disse a administradora.

Muitos problemas foram identificados na igreja, que é tombada e precisa de serviços como restauro dos altares, pintura, recuperação das instalações hidráulicas e revisão elétrica. O valor estimado para a obra é de cerca R$ 8 milhões.

Igreja dos Remédios precisa ser recuperada — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

Thallyta Figuerôa indicou que a Administração da Ilha vai buscar apoio para a obra.

“Vamos esperar a finalização do projeto, orçar, para falar sobre números. O estado de Pernambuco se coloca à disposição da Igreja para que a gente possa contribuir para realizar essa obra o mais rápido o possível”, declarou a administradora de Noronha.

Dom Paulo afirmou que a recuperação pode ser feita por etapas.

“Dialogar é muito importante. Nosso grande objetivo é a recuperação da Igreja dos Remédios. O projeto pode ser feito de forma global, embora a execução possa ser parcial: telhado, parte hidráulica e elétrica, depois a restauração do reboco e finalmente a pintura”, informou o arcebispo.

Casa paroquial

A Igreja Católica já solicitou ao governo do estado que seja devolvido o anexo ao templo dos Remédios, que foi construído como casa paroquial. O imóvel já foi utilizado como residência do diretor do antigo presídio.

A ilha ficou muito tempo sem padre, a casa foi usada como pousada e, atualmente, é utilizada como pizzaria e bar.

O arcebispo afirmou que espera que o assunto seja resolvido em breve. “Vamos esperar, contando com a graça de Deus, e os passos da Administração da Ilha e da Justiça e a maturação do processo. Vai acontecer naturalmente”, falou Dom Paulo Jackson.

O g1 entrou em contato com o responsável pela administração do bar, Samuel Almeida, para saber qual a avaliação que ele faz da solicitação da Igreja Católica.

O empresário disse, em nota, que a ilha tem um grande déficit de moradias e locais para comércio e que a exploração do imóvel é o único sustento da família, que obtém o tombo da casa.

“Não há que se falar em devolução do imóvel sem uma justa e devida reparação pecuniária aos envolvidos”, indicou Almeida.

Na nota, o empresário fez questionamentos: “Basicamente deveríamos saber: por quê a Igreja Católica quer o imóvel, sendo que não estão tomando conta nem da igreja direito, vide a mesma estar quase caindo aos pedaços? Qual seria a compensação para a família que obtém o tombo e para a empresa que arrendou legalmente o imóvel!?”, questionou.

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