De acordo com a investigação, da 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte, os suspeitos vendiam crack, cocaína e maconha. O grupo é monitorado desde 2021, quando os policiais identificaram atuação deles em pontos como a rodoviária, Conjunto Nacional, Conic e Setor Comercial Sul.

A Polícia Civil informou ainda que uma das organizações criminosas era responsável pela venda de crack e outra por comercializar cocaína e maconha. Os nomes dos alvos não foram divulgados.

Fiscalização

Suspeitos de tráfico compartilhavam rotina do crime nas redes sociais, no DF — Foto: PCDF/Divulgação

A corporação informou que os dois grupos criminosos tinham a mesma estratégia para driblar a fiscalização e dificultar a atuação das forças de segurança:

• Os suspeitos faziam o transporte da droga, geralmente armazenada em Ceilândia ou no Entorno, durante a troca de turno dos policiais;
• As drogas eram entregues para integrantes do grupo responsáveis pela “guarda e vigilância”, que escondiam os entorpecentes em diversos pontos na área central de Brasília;
• Os responsáveis pela venda das drogas carregavam apenas pequenas quantidades da droga;
• O dinheiro recebido era repassado para outros membros do grupo, que geralmente trabalhavam na área, como ambulantes, flanelinhas, vigias e taxistas.

Com esse esquema, os suspeitos conseguiam evitar prisões. Na maioria das vezes, caso alguém fosse detido, era liberado porque estava com pouca quantidade de drogas e era considerado usuário.

Segundo a Polícia Civil, a operação tem como alvo, inclusive, os chefes dos grupos criminosos. Os mandados foram cumpridos em diversas regiões da capital e do Entorno.

Os suspeitos devem responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Caso condenados, a pena pode chegar aos 25 anos de prisão.

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