A operação, batizada de Ícarus, cumpriu mandados de busca e apreensão em dois endereços, sendo um residencial e outro comercial, ligados ao dono. A empresa teria feito diversas vítimas na capital.
Durante a ação, foram apreendidos telefones celulares, notebooks, HDs, pendrives e anotações.
Procurado pelo g1, o dono da empresa afirmou em nota que a empresa “vem atravessando uma crise financeira e estrutural assim como tantas outras empresas também enfrentam em território nacional” e não pode ser “levianamente confundido com o crime de estelionato”.
Ele afirmou ainda que, com a situação, não foi possível entregar os serviços nos prazos estabelecidos em contratos, mas que “vem envidando esforços para realizar adimplemento dos contratos firmados, bem como, recuperar a credibilidade da empresa no mercado”.
Operação da Polícia Civil investiga suspeita de estelionato em empresa de energia solar — Foto: Divulgação/Polícia Civil
No dia 13 de agosto, dois empresários, o dono de uma construtora, de 53 anos, e o dono de um hotel, de 51, e uma mulher de 47, registraram um boletim de ocorrência relatando a suspeita de golpe. À época, a Rimucci informou que reconhece as falhas nos prazos de entrega, mas que trabalham para resolver a situação.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontam que o crime consistia na captação de clientes, que faziam um adiantamento do valor cobrado, mas não recebiam pelos serviços contratados.
Suspeita de golpe
Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão para esclarecer estelionato cometido por meio de empresa — Foto: Divulgação/Polícia Civil
No mês passado, vítimas da empresa acionaram a Polícia Militar (PM) pois contrataram os serviços da empresa e chegaram a pagar valores iniciais, mas os serviços nunca foram iniciados:
- O dono da construtora contratou o serviço no valor de R$ 58 mil e fez o pagamento no dia 18 de maio de 2024;
- O dono da rede de hotelaria contratou o serviço no valor de R$ 1,3 milhão e chegou a pagar o valor inicial de R$ 790 mil. Ele fez o pagamento inicial no dia 10 de abril de 2024.
- A mulher contratou o serviço no valor de R$ 36,2 mil em maio de 2024.
Quando os agentes chegaram na empresa, um caminhão estava retirando objetos da empresa com destino a Manaus, capital do Amazonas, o que gerou nos agentes da PM suspeitas de um golpe.
Na sede da empresa não estava presente o proprietário, mas apenas o gerente que informou à equipe policial que o proprietário estava viajando. Ele confirmou que a empresa tinha alguns serviços em atraso, mas que estaria se reorganizando em Manaus para “cumprir com os compromissos pendentes”.
O nome da operação da Polícia Civil faz referência a um personagem mitológico, que caiu dos céus porque acreditou na possibilidade de voar em direção ao sol com asas de cera. Sua ambição e vaidade o levaram à queda.
Link original da notícia: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2024/09/04/policia-civil-deflagra-operacao-contra-empresa-de-placas-solares-para-investigar-suspeita-de-estelionato-em-boa-vista.ghtml